Rodolfo Jacarandá; Juliana P. Costa Silva
Baixar PDFA violência contra a mulher na Amazônia concentra os piores indicadores do país. Além disso, crimes como feminicídio e lesão corporal em violência doméstica atingem índices alarmantes na região. A vastidão territorial, a precariedade das políticas públicas preventivas e a falta de infraestrutura para atendimento das vítimas contribuem para um cenário de violência sistêmica e persistente.
A violência contra a mulher piora com as dificuldades sistêmicas para denunciar agressores e acessar mecanismos de proteção em toda a Amazônia. O deslocamento até delegacias e tribunais pode ser inviável, especialmente em áreas rurais e ribeirinhas, onde a presença do Estado é limitada. Diante dessa realidade, é essencial buscar alternativas inovadoras que facilitem o acesso à justiça e garantam proteção efetiva para vítimas de violência.
Nosso estudo apresenta uma análise quantitativa baseada nos dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2015-2023). Os números demonstram um crescimento preocupante da violência contra mulheres na Amazônia, evidenciando a necessidade urgente de aprimorar a resposta estatal. Sem políticas eficazes, a impunidade se mantém, e muitas vítimas continuam sem acesso a mecanismos de defesa adequados.
Uma solução promissora vem do Tribunal de Justiça de Rondônia, que implementou uma ferramenta digital para o acionamento online de Medidas Protetivas de Urgência. Essa inovação permite que vítimas solicitem proteção sem a necessidade de comparecer fisicamente a delegacias ou fóruns, reduzindo riscos e agilizando a resposta das autoridades.
Os primeiros resultados indicam que, além das inovações legislativas, soluções digitais acessíveis são fundamentais para ampliar a proteção às mulheres. Tecnologias inclusivas podem transformar a forma como a justiça atua na defesa das vítimas, especialmente em regiões de difícil acesso.
Nosso artigo detalha essa realidade e propõe caminhos para melhorar o sistema de proteção e combate à violência contra a mulher na Amazônia. Leia o estudo completo e descubra como medidas protetivas online podem salvar vidas.